sábado, 29 de dezembro de 2007

Sobre a TPM

Como o seu moço já deve ter avisado, eu vou tomar conta da casa até ele voltar. E nada melhor do que começar com um post mais educativo, dar umas dicas femininas pra vocês que tem mulher por perto. Fuçando minha caixa de e-mail procurando algo que preste pra por aqui, achei esse texto:

As 4 fases da TPM

Fase 1 - a Fase Meiguinha
Tudo começa quando a mulher começa a ficar dengosa, grudentinha.
Bom sinal?
Talvez, se nao fosse mais do que o normal.
Ela te abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo. A fase comea chegar ao fim quando ela diz que esta com uma vontade absurda de comer chocolate. O que se segue, é uma mudança sutil desse comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.

Fase 2 - a Fase Sensível
Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma de gatinho no azulejo em frente a privada, até uma reprise de um documentario sobre a vida e a morte tragica de Lady Di. Esse estágio atinge um nível crítico com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais descolados como o meu pai:
"Você acha que eu estou gorda?"
Notem que não é uma simples pergunta retórica.
Reparem na entonação, na escolha das palavras.
O uso simples do verbo "estou" ao invés da combinação "estou ficando", torna o efeito da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar.
E essa pergunta, meus amigos, é o começo da pior fase da TPM.
Essa pergunta é a linha divisoria entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irritada.

Fase 3 - a Fase Explosiva
Meus amigos, essa é a fase mais perigosa da TPM.
Há relatos de mulheres que cometeram verdadeiros genocídios nessa fase. Desconfio até que várias limpezas étnicas tenham sido comandadas por mulheres na TPM. Exagero a parte, realmente essa é a pior fase do ciclo tepeêmico.
Você chega na casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada.
A cara nao é das melhores quando ela te dá um beijo bem rápido, seco e sem
língua.
Depois de alguns minutos de silêncio total da parte dela, você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que nem ela nem você sabem o nome.
Parece ser uma novela ambientada na era feudal.
Sem legendas...
Entao, meio sem graça, sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: "Tá tudo bem?"
A resposta é um simples e seca: "Tá" sem olhar na sua cara.
Nao satisfeito, você emenda um "Tem certeza?", que é respondido mais friamente com um rosnado baixo e cavernoso "teenhoo...".
Entao, como somos legais e percebemos que ela não esta muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos a tentar acompanhar o que Tanaka está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galao da novela que...
- Merda, viu!? - ela rosna de repente.
- Que foi?
A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta.
Sem querer, acabamos de puxar o gatilho.
O que se segue sao esporros do tipo:
- Você nao liga pra mim! Tá vendo que eu to aqui quase chorando e você nem pergunta o que eu tenho! Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo! Ah, o seu dia foi uma merda? O meu também! E nem por isso eu fico aqui me lamuriando com você! E pára de me olhar com essa cara! Essa que você faz, e você sabe que me irrita! Você nao sabe! Aquele vestido que você me deu ficou apertado! Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem! Você também, nao quis ir comigo no shopping trocar essa merda! O pior de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu comigo e você nao fez nada!
Pra que serve esse seu Jiu Jitsu? Ah, você nao estava comigo? Por que nao estava comigo na hora? Tava com alguma vagabunda? Aquela sua colega de trabalho, só pode ser ela. E nem pra me trazer uma porra de um chocolate! Cala sua boca! Sua voz me irrita! Aliás, vai embora antes que eu faça alguma besteira. Some da minha frente!
Desnorteado, você pede o pinico e vai embora.
Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.

Fase 4 - a Fase da Cólica
No dia seguinte o telefone toca.
É ela, com uma voz chorosa, dizendo que está com uma cólica absurda, de nao conseguir nem andar.
Você vai até a casa dela e ela te recebe um doce, superamável.
Faz uma cara de coitada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir á farmacia comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com a dor dela.
Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado.
"O que aconteceu?", você se pergunta.
"Tudo bem.", Você pensa.
"Acho que ela se livrou do encosto.", Pronto! A paz reina novamente.
A cólica dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz.
Pelo menos até daqui a 20 dias...

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