terça-feira, 11 de novembro de 2008

13 o número da sorte

Reconciliação de Jeitosinha e Jake

A família finalmente percebeu que Ambrósio estava desaparecido. Ele não havia voltado da pescaria nem dado sinal de vida. Marilena chamou a Polícia, que pareceu não dar muita importância à ocorrência. Os dois policiais fizeram poucas perguntas, anotaram um boletim de forma burocrática e se foram em poucos minutos, levando uma foto do homem.

Jeitosinha chegou em casa quase na hora do almoço. Os irmãos não perceberam que ela passara a noite fora, mas sua mãe sim.

- Onde você estava? Perguntou Marilena.

Jeitosinha ignorou a abordagem.




- Hunf!

- Sorte sua seu pai não estar por aqui. Ele não ia gostar disso…viu mocinha???!!!isso é coisa de piriguete!!!Insistiu Marilena, com um tom seco de reprovação na voz.

A resposta da filha foi carregada de ironia:

- O que poderia preocupá-la, mamãezinha? O risco de que eu perca a virgindade ou volte prenha para casa???

Marilena tentou acariciar o cabelo da filha, que afastou sua mão com um gesto brusco.

- Não me encoste!Sai daki! Eu odeio você!

Um fio de lágrima escorreu pela face esquerda da sofrida mãe.

- Querida… sniff sniff...Você é tão jovem… Tem uma vida tãaaaaaaaaao grande pela frente! Ainda a tempo de encontrar a sua felicidade minha fia…

- Como eu poderia ser feliz?HEIN!!!???HEIN!!!???HEIN!!!??? Eu sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem parrudo!

- Veja o lado positivo…

Tentou consertar Marilena.

- Você não tem TPM, não precisa sentar-se em privadas sujas de boate pode inclusiver mijar rodando e sujando tudo que ninguém liga, não tem cólica nenhum problema hormonal….Acho que você ainda encontrará algum homem que a aceitara como você é!

- Sim. Conjeturou Jeitosinha.

- “Este homem talvez seja Jake.E falando nisso...como ele estará se sentindo depois de nossa estranha noite de amor?”

Ela pensou durante todo o dia no seu amado cowboy, reunindo forças para enfrentar sua primeira noite no bordel de luxo. Curiosamente, a expectativa de entregar-se a estranhos não a incomodava, visto sua experiência de brincar de passa o anel no escuro.Desde a revelação de sua condição, ela não se reconhecia naquele corpo. Não sentia que tivesse que zelar dele.

Eram nove da noite quando Jeitosinha entrou no fusca de Arlindo, rumo à casa de encontros
( A.K.A PUTEIRO!!!). O local ficava próximo, mas era preciso percorrer um pequeno trecho numa estrada pouco movimentada e ainda não asfaltada pela prefeitura. Justamente quando passavam pela parte mais escura e deserta do percurso, uma luz surgida do nada cegou momentaneamente Arlindo,que imediatamente projetou uma massa sólida decorrente do susto impedindo-o de dirigir. O rapaz pisou no freio abruptamente. Antes que pudessem esboçar qualquer reação, as duas portas do carro foram abertas, e o casal foi retirado de dentro do veículo por mãos poderosas e peludas ( será o Tonny Ramos???pensou Jeitosinha).Pouco antes de tomar uma descarga elétrica que a faria perder os sentidos, Jeitosinha pôde ver a face de seus raptores:E não!!!não era o galã global...

e sim...

homenzinhos verdes vestindo estranhos macacões prateados cheio de plugs e luzes com sons metálicos e estranhamente besuntados em óleo de amêndoa.

Que p**** é...

------no próximo capítulo------

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